quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Natal: Presente!

O importante no Natal é o presente.
Mas não o objeto num embrulho bonito, contanto pode ser também uma lembrança para alguém do presente.

Ah esse tempo verbal de agora!
É urgente conjugar com quem se ama, pra não ficar no passado...
ou sem futuro.
Ou quiçá um futuro do pretérito, que é ainda é pior.

O presente é o único que podemos mudar, em tempo real.
Não se omita, apareça, sorria.
Datas importantes merecem estar presente, afinal você pode ser o presente de alguém.
Sendo presente, você também ganha... não tenha medo.

Se dê esse presente para não ser um borrão num pretérito imperfeito...
Celebre a vida para não se tornar uma lembrança vazia, uma foto sem rosto.

Não se esconda em necessidades mundanas, perecíveis, temporais:
você teve 365 dias pra fazer diferente, porque magoar alguém num dia tão importante?
Faça parte da vida de quem te ama.
A vida é curta, meu chapa.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A vida é mais fácil com olhos fechados

Acordou assustada. Seis e meia. Barulho. Tumulto.
Há pouco estava em outro mundo. Parecia real.
Era um sonho se realizando. Eram sorrisos, planos.

Sim, parecia real, meu Deus. Ela se via tão plena.
Parecia que ia acontecer. Tão feliz aquele momento, ahhhhh
Talvez o rumo da vida de seus amigos tenham influenciado aquele pensamento
Ah, sem perceber ela vivia aquilo que achava fantástico na vida de outros

Esse cotidiano para a maioria, para ela é especial, é sonho.
Que sonho bom.
Que triste acordar


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

No fundo, todas estamos fantasiadas. Malditas princesas!


Podemos ser adolescentes ou balzacas, indias ou sardentas, executivas ou professoras...

Mas lá no fundo, ahhhh queremos jantares à luz de velas e flores. Malditas princesas: ainda pagamos caro por querermos uns clichês... Afinal, lá no fundo, a vida precisa de pontos de referências para dividir as coisas.

Sim, parece besta, mas... queremos.

Gastamos o salário pra tentarmos sermos inesquecíveis, da unha à lingerie, do corte de cabelo à delicada arte de fazer aquele delineador parecer um olhar natural. Fortunas em terapias, academias... Isso sem contar o dia a dia, que não podemos nós dar ao luxo de relaxar no profissional. Sermos tudo... E nada! Ninguém quer ficar pra trás, estudando até de madrugada e atualizando seus cvs.... Afinal, todas temos objetivos pessoais (ou ao menos deveríamos ter).

Mas voltando ao quesito fadas que nos puxam pro fundo do mar: sIm é claro que parece ridículo, mas gostamos de datas, de cartões, de símbolos. Frases que marcam vidas como "casa comigo?" Ou "Vamos construir uma vida juntos?".

Cadê o espírito do velho e bom João de Barro?

Digo isso porque às vezes cansa tentar ser a desencanada. A que resolve tudo. Cansa e dói a coluna. Às vezes queremos colo. Queremos ser cuidadas, não só cuidar. Não somos heroínas, que engolem sapo o tempo todo e que ainda mantemos o frescor de uma propaganda de absorvente por 24h. Não!  Queremos encrenca, meu velho... Não somos perfeitas e paradoxalmente corremos atrás disso.

E qual Cinderela nunca se decepcionou com vales-presentes ou lembrancinhas "úteis"? Conheço uma amiga que ganhou um pacote do tamanho dela de... Sucrilhos.

Cadê a boa e velha surpresa? ( tá, o Sucrilhos foi uma surpresa pra ela). Mas é que cansa só a magia ficar a cargo da princesa... Poxa pesquise, se interesse pela sua garota, rapaz... Que isso! Se não vale a pena se esforçar, porque está com ela?

Ah, queremos mimos sim, assim como todo ser humano. E, vindos de um Falcon com aquele sorrisinho sem graça então, derretemos.  Eu particularmente a-do-ro quando erram: quer dizer que pelo menos tentaram... E isso não tem preço.

E, aqui pra nós - vocês homens conhecem o caminho das pedras, vá: são bem espertinhos no início, quando o beijo da moça é uma incógnita e seu abraço ainda uma surpresa.

Ah, malditas princesas: nunca ganharam um envelope de dinheiro de aniversário de namoro!

sábado, 20 de julho de 2013

Quanto tempo!

Não sei vocês, mas atualmente o que mais me falta são horas no dia. Gerenciar nossos relógios tem sido cada vez mais complicado: parece que quanto mais tecnologia, menos espaço na agenda!
Domenico Di Masi, teu futuro ainda não chegou, querido.
Não tenho tempo pra minha família, pra curtir afetos dessa vida tão breve: adoraria poder ouvir minha mãe falar "resumindo, filha..." e deixá-la devagar detalhadamente a história das mil e uma noites pra terminar com "vou desligar porque também estou com pressa";
Me faltam aqueles minutos pra entender o mundo lúdico do meu irmão;
Preciso de um encaixe pra ver minhas comadres... Fui madrinha de tantos casamentos e hoje vejo os casais menos de uma vez ao ano;
E cadê aquela horinha pra estudar tudo que preciso?
E as noites pra ler os clássicos?
Manhãs pra levar minha Witty pra passear, sem pressa, nem pensar...
Meu quarto está uma torre de babel - o projeto feng-shui grita sufocado pra ser ouvido;
Estou com falta também de dias pra ganhar dinheiro de verdade, criar projetos autorais, lapidar idéias que estão na gaveta;
Só me restam madrugadas pra fazer atividades físicas;
Sabe, queria eu poder fazer as unhas tão rápidas quanto a equipe do box da Ferrari troca quatro pneus... 

Enfim, escrevo este post no metrô, entre um compromisso e outro, porque é o meu único horário que me sobra.

Ops, já cheguei na Paulista e enfim não me atrasei.


quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cento e oitenta graus

Era Março. É Maio.
E no meio, um Abril que se foi.
Estranho no início, mas inevitável.
O impresso virou digital,
o estático agora é movimento,
e o cmyk é rgb.

E por falar em cor,
o cabelo escureceu,
o guarda roupa mudou e
as noites ganharam saúde.

Ah sim, ganhei tempo.
E, se tempo é dinheiro, estamos quites.
O conhecimento é cintilante,
as pessoas, receptivas,
e a metamorfose inevitável.

O medo que nos paralisa
é o outro lado da moeda
de um mundo que gira.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sim, tenho pavor de barrigas tanquinho


Isso não é um ode à obesidade. Mas existe uma linha tênue entre saúde e futilidade.
Sou apenas uma mulher normal, sem tentáculos, dentro da média - se é que existe o normal, já que cada um é um universo blá blá blá...

Mas o termo de hoje aqui é outro: neura.

Ignoro solenemente pessoas que cultivam gomos abdominais, esses músculos cruéis do corpo, vulgo barriga tanquinho.

Explico vários porquês:

Trabalhei com inúmeros modelos homens por vários anos - verdadeiras estátuas gregas esculpidas em academia - e com raras exceções, quando abriam a boca eram tão interessantes quanto um pote de gelatina diet. E conheci refugiadas de campo de concentração mal-humoradas e insuportáveis, que tomavam água quente no lugar de refeições: azia em forma de ser humano.

Quer mais nóia?

Também convivi anos com alguém que procurava desesperadamente esse tal conjunto muscular. Com o tempo, ficou chato sair com um elemento que não comia chocolate, não tomava cerveja, não sabia como era bom comer fondue de queijo sábado à noite e tirava fotos dos seus ombros pra postar. Fazia caretas quando não "aprovava" o meu prato... Meu deus, a gente só percebe essa loucura nazista depois. Que doideira.

Agora falando a real: o bom mesmo é aquele cara que sabe fazer você rir, que é companheiro e que se cuida sem ser narcisista, porque é bonito não só por fora. É aquele homem inteligente, mas que te dá tanto tesão que você tira a roupa num segundo e está ca-gan-do pra sua celulite - afinal, vocês tem coisas melhores a fazer do que ficar reparando nisso.
Aquele que você abraça gostoso, sabe? Que você iria até a lua atrás daquelas sardas.

Enfim, adoro gente de verdade. Minhas amigas são, como eu, mulheres de verdade também. E gostam de caras de verdade, aqueles que vale a pena conviver.

Paixões abdominais são rasas e essa vibe "Paulo Cintura" é muito colegial.

Mas ontem, conversando com uns conhecidos, percebi que muitos almejam uma mulher tipo Barbie.
Fiquem espertos, meus camaradinhas: às vezes essa mulher é só uma embalagem de músculos e silicone. Uma fraude e você tem que estar ciente que existe um preço a pagar. Depois não reclamem que "mulher não presta" - vocês escolhem a dedo, não é?

Provavelmente o corpo plástico em questão perde mais tempo fazendo glúteos que lendo bons livros.
E por dentro, se acharem alguma coisa, pode ser que seja fútil demais: apenas uns cabides de lojas caras, querendo ser preenchidos.