sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Como assim?

Gente, to sem palavras depois de ler essa história:
http://botecosujo.blogspot.com/2008/10/alexandre-e-sibele-o-porn-e-patroa.html

O sujeito diz que é:
hetero > ator pornô passivo (leiam as façanhas que esse ser consegue) > ex pastor evangélico > casado com uma moça e 2 filhos > adora a profissão (diz que é um ator como o Rodrigo Santoro).

Tirem suas conclusões.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A difícil arte de crescer

Ontem, vendo um episódio de Anos Incríveis rolou aquele déjà-vu adolescente.
Voltemos à 1987, 3a. série: Um dos meus colegas que eu mais brincava era um loirinho, que vamos chamar de "Garoto X".
O "Garoto X" foi pra Minas, com a família. E voltou 3 anos depois, quando estávamos na 6a. série. Quando o revi, fiz aquela cara de "cachorro que peidou na Igreja"* ...fiquei tomada por uma vergonha que me sabotava e toda vez que ele se dirigia a mim...ai, aquela palhaçada. Vermelha, evitava olhar para aqueles olhos clarinhos - "Meu deeeeeeeeus o ele parece com o vocalista do A-ha!", pensava eu, então, no "alto" dos meus 12 anos.
Um dia, o vi sozinho sentado na arquibancada da quadra. (Música mental/background daquele momento: "Spending my time"- Roxette). Fui tomada por aquele sentimento de mulher moderna e corajosa, aquela vencedora que vai atrás de sua felicidade e não desiste da luta. Sai da rodinha aonde estava e me dirigi a ele, decidida e forte. Cheguei nele e perguntei, com todas as letras:
"QUE HORAS SÃO?"

Ele olhou pra mim. (pausa dramática). O "Garoto X" ensaiou abrir a boca e, vozes vindas do além surgiram: "Querida, porque perguntou pra ele - a gente tem relógio aqui". Sim, uma orda de meninas, rindo da minha cara... ah, 6a. série dos infernos.
E quando X descia as escadas pro recreio? Ah, não havia pra mais ninguém com seu caderno do Axl Rose (hj isso é gay, mas na época era sensacional).
Certa vez ele ficou olhando pra mim. Como eu era goiaba, lógico que enfiei um livro na minha fuça. Como eu esperava que ele gostasse de mim?
Na 8a. série, cocotas populares de 14 anos faziam a festa na escola. Como eu não era cocota e muito menos popular, não fiquei sabendo quando o "Garoto X" começou a namorar uma e outra na matinê de domingo.
Nunca mais vi o "Garoto X". Sei que as cocotas envelheceram rápido, estão com pencas de filhos, lei da gravidade agindo pesado por ali. Provavelmente nem se lembrem daqueles olhos azuis.
Mas eu me lembro, como sendo talvez a primeira lembrança platônica da minha vida. Ou não.

* "cara de cachorro que peidou na igreja" foi uma colaboração de Jakeline Poulain