sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Como você monta sua árvore de Natal?

Natal é data importante automaticamente no nosso calendário, mesmo se você não for lá tão cristão: confraternizações, especiais na tv com pessoas chatérrimas etc.

Sabe, nem vou citar o aniversariante dessa vez (que obviamente é o mais importante), mas sim uma história pessoal.

Sim, porque aqui com meus botões, enquanto abria minhas caixas, ia reencontrando velhos amigos (aquela anjinha que me acompanha ano após ano e ganhou um mini sax há uns 3 natais, meus ursos jazzistas do Mappin veteranos de anos de árvore, um papai noel rejeitado de 89 mas que gosta de ficar perto das garrafas)... E meu cd de rockabilly só de natal.

Ainda tem a dona guirlanda, que fiz em 90 e por causa dela, decidi produzir em série para vender (decorei um restaurante da minha tia com umas 10 pelo menos). E hoje, a rodela sapeca tem mini instrumentos musicais dourados.

Costumávamos fazer nosso presépio o mais real possível, diferente da minha vó Lazinha, que era uma babilônia de cores e tamanhos (hoje aliás penso que era bacanérrima, mas na época achava bizarra). Mas no nosso cenário já fizemos até um riacho com água de verdade e catávamos pedrinhas com tamanho proporcional às figuras - meu pai me instigava com essa coisa de cenário - cada ano ficava mais perfeito. E sabiamos direitinho a história do nascimento do Filho do Homem: O sr. Daniel fazia questão inclusive de deixar um incenso de mirra queimando, pra gente saber o que os 3 cabras peregrinos carregavam de presente pro cara do estábulo - que certamente não era o Brian, era o nenê abençoado ao lado.

E era lá, perto da manjedoura, que deixávamos nossas cartinhas pro Papai Noel - uma vez, escondida na escada de noitão, vi o meu pai indo lá "dar uma forcinha" pro velhote natalino, pegando nossos pedidos.

Víamos muitos filmes e eu ia feliz até o jornaleiro comprar meu Almanaque Disney de Natal. Ah, que sonho. Aos 10 anos, juntava meu dinheirinho do lanche e ia na papelaria da esquina comprar presentes. Claro que queria participar também, mas admito que comprava cacarequinhos - que a minha mãe já não gostava do meu gosto desde aquela época.

Pra esta amiga que escreve meus queridos, Natal é preparar a casa para relembrar bons momentos da infância, das minhas cockers douradas que comiam chocolates pendurados da árvore e claro, de pessoas que me inspiram até hoje.

A minha árvore eu montei com amor, saudade e um pouquinho de lágrimas - porque não - que caíram ao som de uma singela canção de "Esqueceram de Mim".

Pra alegrar, deixo o tema de "Herói de Brinquedo" abaixo.
Um beijo e Feliz Natal!