Quando te vi pela primeira vez, minha pequena, senti que deveria te tirar dalí.
Aquele seu olhar de jabuticaba, míudo e curioso
Era manhã de Abril e você tão assustada, tão medrosa... tão barulhenta.
Não sei porque gostamos tanto de você...
talvez sua inocência, seu jeito, suas manhas
Talvez a maneira como enterrava o focinho na coberta,
talvez porque insistia em comer coisas estranhas
E lembro que chegou cinza em casa... não sabia de nada nossa filhota, nem descer uma escada.
Queríamos te salvar, mas quem nos trouxe cores para nós foi você, sua danada.
Aqui aprendeu o que é amor
E agora sinto saudades da sua patada pueril
me convidando a brincadeira quando eu insistia com esse mal-humor
seu latido fininho, quase infantil.
Dorme, minha anjita.
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