Natal é data importante automaticamente no nosso calendário, mesmo se você não for lá tão cristão: confraternizações, especiais na tv com pessoas chatérrimas etc.
Sabe, nem vou citar o aniversariante dessa vez (que obviamente é o mais importante), mas sim uma história pessoal.
Sim, porque aqui com meus botões, enquanto abria minhas caixas, ia reencontrando velhos amigos (aquela anjinha que me acompanha ano após ano e ganhou um mini sax há uns 3 natais, meus ursos jazzistas do Mappin veteranos de anos de árvore, um papai noel rejeitado de 89 mas que gosta de ficar perto das garrafas)... E meu cd de rockabilly só de natal.
Ainda tem a dona guirlanda, que fiz em 90 e por causa dela, decidi produzir em série para vender (decorei um restaurante da minha tia com umas 10 pelo menos). E hoje, a rodela sapeca tem mini instrumentos musicais dourados.
Costumávamos fazer nosso presépio o mais real possível, diferente da minha vó Lazinha, que era uma babilônia de cores e tamanhos (hoje aliás penso que era bacanérrima, mas na época achava bizarra). Mas no nosso cenário já fizemos até um riacho com água de verdade e catávamos pedrinhas com tamanho proporcional às figuras - meu pai me instigava com essa coisa de cenário - cada ano ficava mais perfeito. E sabiamos direitinho a história do nascimento do Filho do Homem: O sr. Daniel fazia questão inclusive de deixar um incenso de mirra queimando, pra gente saber o que os 3 cabras peregrinos carregavam de presente pro cara do estábulo - que certamente não era o Brian, era o nenê abençoado ao lado.
E era lá, perto da manjedoura, que deixávamos nossas cartinhas pro Papai Noel - uma vez, escondida na escada de noitão, vi o meu pai indo lá "dar uma forcinha" pro velhote natalino, pegando nossos pedidos.
Víamos muitos filmes e eu ia feliz até o jornaleiro comprar meu Almanaque Disney de Natal. Ah, que sonho. Aos 10 anos, juntava meu dinheirinho do lanche e ia na papelaria da esquina comprar presentes. Claro que queria participar também, mas admito que comprava cacarequinhos - que a minha mãe já não gostava do meu gosto desde aquela época.
Pra esta amiga que escreve meus queridos, Natal é preparar a casa para relembrar bons momentos da infância, das minhas cockers douradas que comiam chocolates pendurados da árvore e claro, de pessoas que me inspiram até hoje.
A minha árvore eu montei com amor, saudade e um pouquinho de lágrimas - porque não - que caíram ao som de uma singela canção de "Esqueceram de Mim".
Pra alegrar, deixo o tema de "Herói de Brinquedo" abaixo.
Um beijo e Feliz Natal!
5 comentários:
Texto lindo, como sempre. Eu sempre gostei de presépios desde pequeno. Minha mãe explicava que a cada ano era preciso colocar no mínimo uma peça nova na representação. Comprá-las era sempre uma alegria. Sempre gostei de maquetes, então a época de montar o presépio era muito legal. Minha tradição solitária perdeu-se no tempo, já que meus pais passaram a não comemorar mais o Natal depois que eu e meu irmão crescemos, sei lá por que. Preciso reativar esse pedaço da minha infância urgente. Feliz Natal pra vc também Vivi :-)
Sabia que o seu disco de natal rockabilly toca aqui em todo o fim de ano desde 2004? Meu pai adora!! E eu tb, claro! Aqui em casa já está tudo enfeitado, a árvore está empetacada de enfeites como nunca, vc precisa ver!! Fora as luzinhas de natal pelo quintal!
Eu gosto dessa época do ano. A vibração é outra!
Beijos!!
Minha amiga bonita. Que post lindo! Tô gostando mais do Natal agora. =)
Feliz Natal!
É minha querida amiga Viviam...a magia do Natal estará guardada para sempre em nossas infâncias.
Legal mesmo era quando saíamos para a ceia de Natal no dia 24 e minha mãe sempre "esquecia" alguma coisa que a fazia voltar. No dia seguinte, tão certo como a magia era encontrar o presente deixado na árvore pelo bom velhinho.
Tempo bom...que não voltará mais!
Adorei o texto!
Fabi
Olá Vivi, tudo bom ? Espero que sim.
Sabe, Natal é uma data que nunca teve grande significado para mim. No fim minha ansiedade era só pelo melhor presente que eu ganhava no ano todo e por poder abrí-lo e curtí-lo com todas as forças.
Sabe, pensando no que você disse e no que algumas pessoas já me contaram sobre seus Natais, acho que, para ter tamanha importância essa data precisa ser algo realmente cultivado e compartilhado de forma familiar desde as infâncias, e como isso nunca aconteceu com minha família, calhou no fato que eu descrevi anteriormente.
Enfim, adorei seu post e espero que um dia eu possa curtir os Natais com a mesma intensidade que você curte os seus. ^_^d
Beijo, abraço, tudo de bom, felicidades, Ótimo Natal para você e todas as pessoas que você ama, e até mais.
De seu amigo,
Renato F.C..
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